Existem 7 leis e 7 princípios que regem a gestão de tempo. No que diz respeito às leis que se relacionam com a gestão do tempo, estas são:
- Lei de Pareto (20/80) - Segundo Vilfredo Pareto, 80% dos resultados que queremos atingir obtêm-se com 20% de esforço, isto porque as tarefas que são realmente essenciais, na maioria das vezes, levam pouco tempo. O acessório é que é o maior desperdiçador de tempo.
- Lei das Sequências Homogéneas de Trabalho - É essencial evitar interrupções porque, sempre que uma tarefa é interrompida, o trabalho torna-se menos eficaz e mais moroso do que se for feito continuamente.
- Lei de Parkinson - O tempo que investimos num trabalho depende mais do tempo disponível do que do tempo necessário, levando-nos, por vezes, a protelar a sua finalização. Por essa razão, é mais importante focarmo-nos no tempo necessário, por forma a não desperdiçar tempo que pode ser relevante para outra tarefa ou objetivo. A verdade é que tendemos a fazer primeiro: tarefas que sejam mais prazerosas, mais rápidas, mais fáceis, mais urgentes; tarefas pedidas pelos outros, ao invés das escolhidas por nós; tarefas que estão anotadas ou que estão “à nossa frente”.
- Lei da Contraprodutividade - A partir de certo limite, a produtividade começa a diminuir e a tornar-se negativa. Por essa razão, é necessário haver um equilíbrio dos nossos limites e ter capacidade para parar uma tarefa quando esse limite está próximo. Ao retomar mais tarde, a nossa produtividade vai ser muito maior e o resultado muito melhor.
- Lei da Alternância ou da Oportunidade - O multitasking não é uma capacidade muito comum, por isso mesmo, o melhor é não fazer mais do que uma coisa de cada vez em prol de as executar de forma adequada. Ou seja, existe um tempo para tudo e para cada coisa.
- Lei dos Ritmos Biológicos - Cada ser humano é único e possui um ritmo biológico próprio. Esse ritmo biológico regista flutuações bem definidas do nível de eficácia da pessoa. Algumas pessoas têm mais energia ao acordar e uma quebra após o almoço. Outras pessoas têm um pico de energia à noite, enquanto que de manhã são muito pouco produtivas, por falta de concentração. Por essa razão, a forma mais adequada de gerir o seu tempo e produtividade é de o gerir e adaptar o seu horário de acordo com o seu próprio ciclo de eficácia. Esta é uma das razões para o autoconhecimento ser essencial para uma boa gestão de tempo.
- Lei da Dimensão Subjetiva do Tempo - O tempo é um conceito objetivo, contudo, de acordo com o interesse que temos pela tarefa que estamos a executar, este pode parecer um segundo ou uma eternidade, e isso é a dimensão subjetiva do tempo.
Já no que diz respeito aos Princípios de um bom gestor de tempo, estes são:
- Definir claramente a sua função, os objetivos e resultados prioritários a alcançar. Só assim será possível adequar o tempo à tarefa em específico.
- Ter uma agenda para a lista de tarefas e compromissos, de forma a libertar a mente para a criatividade e outros assuntos a resolver.
- Ser uma pessoa assertiva e ter uma boa capacidade de gestão de pessoas, por forma a diminuir interrupções e ser capaz de dizer não.
- Delegar as tarefas que não consegue assumir. Isto beneficiará a sua própria produtividade, ao mesmo tempo que proporciona às pessoas que o rodeiam oportunidades de aprendizagem e desenvolvimento de competências.
- Definir prioridades entre o que é essencial, importante, urgente e acessório.
- Ter uma boa capacidade de gestão de reuniões, por forma a serem curtas, objetivas, claras e eficazes.
- Por fim, mas o mais importante, é imprescindível ter muita autodisciplina.